[LIVRO] Supernova - O encantador de flechas, Renan Carvalho.
Olá! Hoje a resenha é de livro e da editora parceira do meu blog, a Novo Conceito. Muita gente já ouviu falar de "Supernova" não é? Confesso que não é meu gênero preferido, mas a obra surpreende. O Renan Carvalho, autor do livro esteve na Bienal quase todos os dias mas eu esqueci o meu exemplar :(
Título: Supernova: o encantador de flechas.
Autor: Renan Carvalho
Autor: Renan Carvalho
Sinopse: Imersa em uma ditadura ideológica, a isolada cidade de Acigam sofre com a ameaça da guerra civil. De um lado, a Guilda, um grupo que usa os ensinamentos da Ciência das Energias para exigir os direitos da população. Do outro, um governo tirano, com soldados especialistas em aniquilar magos, nome vulgar dado aos praticantes de tal ciência. No meio desse conflito vive Leran, um garoto prestes a se formar na escola e não sabe qual futuro pode ter em uma cidade como Acigam. Após o envolvimento dos membros de sua família na rebelião, ele percebe que também está fadado a participar da guerra e vive uma aventura alucinante para descobrir mais sobre a misteriosa ciência que permite encantar objetos com a energia dos elementos. Leran deverá conciliar suas preocupações com a irmã mais nova, a recente vida amorosa e o medo de ser capturado pelos terríveis silenciadores.
Para começar, devo dizer que, além de não conhecer muito do gênero eu não sabia nada sobre o Renan Carvalho e seu trabalho. Como de costume, faço aquela busca para entender um pouco o autor e o que se dispôs a escrever e fiquei impressionada com o trabalho dele. Sua escrita é leve e a leitura flui normalmente, tudo o que se passa não é narrado de forma cansativa e até mesmo para quem não domina os gêneros como eu, fica fácil imaginar as batalhas. O livro é narrado por Leran em grande parte e o momento em que a narrativa passa a ser narrada por Judra é importante para compreender de fato a história, que se passa na cidade de Acigan, um lugar cercado por muros, onde os habitantes não podem ter contatos com o mundo exterior.
O que era ocultado para a população era que, haviam os magos, que conseguiam controlar as energias, ou como eram citados: “deuses”. Tais magos viviam escondidos, pois há anos atrás foram caçados e a prática se tornou proibida na cidade porque o governo tinha os chamados “Silenciadores”, um grupo treinado para matar os controladores. Leran que era um menino curioso, em um dos passeios com o avô conhece Judra e o que acontece entre os dois é pura magia. Conversas acontecem facilmente e logo os dois são inseparáveis. A personagem tem uma perspectiva diferente em relação aos magos e uma bela história de vida. Acontece que Leran se vê dentro da guerra que está acontecendo entre os magos e o governo e precisa dar segurança a Judra, seu avô Bretor Yandel , sua mãe e sua irmã Luana, que também é capaz de controlar uma quantidade enorme de energia.
"Vou defender todos os que são reprimidos por esse governo tirano. Eu me vingarei! Pagarão caro pelo que fizeram comigo e com minha família. Agora sou um mago, posso lutar. Desenvolvi a minha própria especialidade e a aprimorarei ao máximo. Farei o governo tremer apenas ao ouvir sobre mim... Ao ouvir sobre o Encantador de Flechas."
Leran descobre muitos segredos que lhe foram ocultados, inclusive a respeito da morte de seu pai – antigo líder dos controladores, morto por silenciadores. Isso causa nele uma revolta contra o governo e, após algumas situações, o menino curioso e ingênuo se torna uma ferramenta principal contra os silenciadores e o governo, assim como Luana, que é uma peça fundamental para os mistérios de Acigan. O livro também possui três apêndices, onde alguns detalhes que possam ter passado pela obra são mais explicados ou dúvidas sanadas. É impressionante notar que o Renan, que é um autor nacional, orgulho criou um mundo realmente novo, com tantos detalhes e reviravoltas. Vale muito a leitura e ainda por cima temos um capítulo extra do segundo volume da série, Supernova: A estrela dos Mortos, que deixa a vontade de ler maior ainda! Eu já solicitei a continuação e o Rena fez muito sucesso na Bienal. Digo mais: uma adaptação faria muito bem ao cinema nacional.
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